• Peter V. Brett retorna com seu segundo livro do Ciclo das Trevas continuando com as aventuras de Arlen, Leesha e Rojer em seu fantástico mundo.
  • Crítica da série The Last Kingdom
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domingo, 10 de novembro de 2019

CAMPO DO MEDO - EXPLICADO!

Heyyy galerinha! Há alguns dias a Netflix lançou um filme de terror adaptado de uma das obras de Stephen King, Campo do Medo, que foi escrita por ele e seu filho Joel Hill. 
Nessa obra, Stephen e Hill brincam com o conceito de linhas do tempo em uma mesma realidade, pode parecer meio complicadinho, mas se assistir com um pouco de atenção dá para entender como funciona a lógica do filme.  
Então vamos lá! 
LEMBRANDO TEM SPOILERS !!!!!!

O filme começa nos apresentando a Becky e o Cal, dois irmãos, que estão indo para San Diego. A Becky está grávida e isso força Cal fazer uma parada no meio do caminho. 
Assim eles param em um matagal que se perde de vista. Este campo é composto por uma grama muito alta. Nesta parada eles ouvem um garotinho pedindo ajuda, a voz dele supostamente vem lá do meio do mato. 
A Becky, então decide ajudá-lo, assim Cal diz para ela esperar que ele vai estacionar o carro lá próximo a Igreja e no campo dessa igreja tem vários carros de épocas diferentes e em diferentes estados de conservação. 
Após estacionar, ambos decidem entrar no campo e aí a coisa fica séria, pois lá dentro do campo o tempo, o espaço, som e toda percepção fica confusa fazendo assim os irmãos se perderem e não conseguirem encontrar o Tobin e eles ficam vagando por lá. 
Seguindo o filme somos apresentados a Travis, o namorado de Becky e posteriormente a Tobin e sua família e é a partir desse momento que as linhas dos tempos se cruzam e se seguem, não havendo escolhas, pois todas as escolhas serão feitas ao mesmo tempo, dessa maneira conhecemos as várias versões de acontecimentos distintos que ocorrem com eles.  
O campo deseja que todos que entram lá dentro sejam parte dele mantendo-os presos. Tem várias pessoas lá dentro, todas elas presas em suas linhas do tempo, algumas se ligam outras não. 
O Campo tem suas próprias regras, por exemplo, o campo não move coisas mortas. Então, tem uma versão em que a Becky morre, outra que o cachorro de Tobin também está morto e uma outra que o cachorro está vivo. 
As linhas se formando e se cruzando fazem os personagens descobrirem uma antiga rocha negra, tão antiga quanto o tempo e descobre que ela sabe como fazer com que eles saiam do campo, mas a partir do momento que você a toca, você desiste e aceita fazer parte daquele lugar. 
Então em algumas versões de tempo temos Tobin tocando a pedra e levando Travis até a pedra, uma versão que ele não toca, que o pai do Tobin toca a pedra e assim por diante. 
Mas seguindo para o desfecho do filme, em uma versão da linha temporal Traveis decidi tirar a Becky do matagal, por isso ele toca na pedra fazendo com que ele veja como sair, pegando Tobin, ele o leva para a Igreja. Ao chegar lá Tobin consegue impedir a Becky de entrar no mato e desse jeito é criada uma nova linha do tempo onde Becky não entra no matagal e some por dois meses. O que nos leva a Travis, ele não vai procurar por ela, pois ela chegou ao seu destino em São Diego.  
Uma versão do Travis morre no mato, mas uma outra está viva na linha do tempo da Becky que não entra no campo, da mesma forma, também ocorre com o Tobin, tendo uma versão dele vivo no campo e uma outra versão viva que ainda não entrou no mato. 
Ufaa!! Meio complicado, até parece que as coisas estão andando em looping, mas na verdade tudo está ocorrendo no mesmo espaço de várias maneiras diferentes. 
Deu para entender mais ou menos o filme? Espero ter ajudado vocês!! 
Beijos e até próxima!!  

terça-feira, 29 de outubro de 2019

E aí, tudo bem? 

Esses dias acabou um anime que foi bastante falado, teve um hyper incrível. Demon slayer, como é conhecido aqui no ocidente ou Kimetsu no Yaiba, como se chama lá na terra do sol nascente, se tornou o queridinho dessa temporada. 

Kimetsu no Yaiba é um shonen como tantos outros com os mesmos clichês de sempre, mas que conseguiu se destacar porque soube com utilizar esses clichês na sua narrativa. 
É uma animação feita com um rigor técnico incrível, com movimentação fluída e bem desenvolvida, um 3d bem usado com um estilo artístico magnifico, seus traços por mais comuns que sejam sabem expressar seu charme e exprimir de maneira clara as emoções de seus personagens. 

É uma animação linda, digna das animações feitas pelo Studios Ghlibi, mas não é apenas de beleza técnica que é feita essa animação, por mais que não nos traga algo diferente da formula básica de shonens, ainda sim surpreende com a história que é contada, com personagens bem cativantes e momentos de tirar o fôlego. 

A narrativa nos apresenta um garoto comum, que vive em uma pequena vila no Período Taisho no Japão, lá ele vivia com a sua família, mãe e irmãos. Mas eis que um dia a vida vem e destrói tudo que o Tanjiro Kamado conhecia.  

Nas garras de um oni (demônio do mal que não pode andar ao sol) sua família é toda destruída tendo como única sobrevivente, se podemos chamar isso de sobreviver... Nezuko, sua irmã que é transformada em demônio (oni) comedor de humanos. 

Com essa base Kimetsu avança na narrativa, nos apresentando os personagens com histórias bem construídas e que vão se entrosando e a cada passo que o anime avança mais interesse é despertado em nós telespectadores. A construção de personagem é tão bem-feita, com histórias consistes que nos faz até sentir empatia pelos onis 
E por fim temos um vilão que logo é nos apresentando, mas de quem não sabemos de nada, porém ele passa um poder que nos deixa apreensivo com relação a segurança dos nossos personagens. 

A cada episódio a história vai crescendo - claro! - chegando ao ápice épico nos episódios 18 e 19. São episódios que você assiste segurando o folego, sem piscar e tão cheio de expectativa e emoção.  

A primeira temporada está completa – e vocês podem acompanhar tudo lá no Crunchyroll - e com a segunda temporada já anunciada em filme que vai sair em 2020. 
Então galera é isso, recomendo bastante que vocês assistam e tirem suas próprias conclusões. 

quarta-feira, 12 de junho de 2019

A Ganha Pão (Netflix)

  Ao contar uma história repassamos a nossa noção de mundo para o próximo e assim perpetuamos o que somos através dos tempos vindouros.
 

A Ganha Pão é um filme que deve ser assistido independente da sua idade, garanto que você vai se encantar e também refletir. É um filme denso e carregado de reflexões.
Em seu enredo conhecemos a Parvana, filha do meio de uma família que mora no Afeganistão do regime Talibã.
Nesta família, tem o pai, um ex professor que perdeu perna devido as contantes guerras que assolaram aquele lugar; uma mãe escritora que agora vive refugiada dentro de casa que cuida de seu filho de colo e sua filha mais velha.
Perante o Talibã as mulheres devem viver sob a guarda de um homem, elas não podem e não devem fazer nada, tudo tem que ser feito acompanhado de um homem. Nem andar na rua, trabalhar, estudar, até atendimento medico é negado a elas.
É diante dessa situação que Parvana tem que vive, mas devido "as coisas da vida", ela deve encontrar uma forma de viver e ajudar sua família. Pois seu pai, o único homem da família é preso por motivos x - não vou citar, pois seria spolier, você vai ter que assistir e refletir sobre isso também.
E agora sem um homem o que elas podem fazer?
Então a única forma que ela encontra é transformar se em menino, usando as roupas de seu irmão mais velho, que morreu e não sabemos como morreu, e desfazendo de sua feminilidade, siiiimmm.. ela vai cortar seus longos e negros cabelos T_T
Ao longo do filme a Parvana conta uma histórias para seu irmão mais novo que vai se entrelaçando a história principal do filme e que revela a verdadeira essência dela e ao final da histórias é  revelada sua dor, na verdade a dor da família. 
A Ganha Pão é um filme singelo, denso e tocante que nos faz pensar sobre a condição de ser mulher.
Eu tenho certeza que você assim como eu nuca parou para pensar no peso da palavra Mulher, da força que transmite.
Ao longo da história somos julgadas, vista como objeto ou como seres fracos ou sem valor. Somos agredidas, maltratadas, judiadas e subjugadas ao peso de um pecado que não comentemos de um erro que não fizemos. Só nascemos.
Assista ao filme, não o julgue como filminho bobo de empoderamento... Assista e depois reflita independentemente do sexo que você tenha ou escolha; Qual o valor que você dá ao ser que se intitula por MULHER?
  

Então depois de muito tempo é isso que tenho para falar!

Beijos